Premiere Combate

domingo, 6 de novembro de 2011

JIU-JITSU

HISTÓRIA DO JIU-JITSU

Sidartha Gauthama, membro da tribo SAKYA





Antigamente havia vários estilos de jiu-jítsu e cada lutador tinha seu estilo próprio. Por isso o jiu-jítsu era conhecido por vários nomes, tais como Kumiuchi, Aiki-ju-jítsu, Kênpo, Tai-Jutsu, Gusoku, Koshi-no-mawari, Yawara, Hade, Jutai-Jutsu, Shubaku etc. No fim da era Tokugawa, existiam cerca de 700 estilos de Ju-jutsu. Cada estilo tinha características próprias. Alguns davam mais ênfase às projeções ao solo, torções, estrangulamentos e outros enfatizavam ainda, golpes traumáticos como socos e chutes. A partir de então, cada estilo deu origem ao desenvolvimento de artes marciais conhecidas atualmente de acordo com suas características de luta, entre elas o Judô, Karatê e Aikido, por exemplo.


A verdade, porém, é que a base de praticamente todas as lutas é o JIU-JÍTSU, que é composto de 113 estilos, dos quais somente 64 são conhecidos em nossos dias, podendo ser praticado em pé ou no chão e com qualquer tipo de vestuário, não se compreendendo a tentativa de comparação entre um todo e uma parte, como é o caso do Judô, por exemplo, que nada mais é do que parte do desequilíbrio do JIU-JÍTSU, ou do Karatê, Taekwondo e Kung-fu, que englobam os golpes traumáticos (ATEMI) e o Aikido que é parte das torções extraídas do Ju-JUTSU. Apesar das versões contraditórias, atribui-se a origem do JIU-JÍTSU à Índia, berço de civilizações e de cultura inigualável. Monges budistas de longínquos monastérios, obrigados a percorrer longas caminhadas em estradas infestadas de bandidos para propagarem sua fé, foram os verdadeiros criadores e disseminadores da maior ARTE DE DEFESA PESSOAL do mundo, que é inigualavelmente o JIU-JÍTSU.


Ao norte da Índia, algumas milhas acima de Benares, a 2.500 anos, nascia o príncipe Sidartha Gauthama, membro da tribo SAKYA, conhecido como Saquia Muni (Príncipe Solitário) e que mais tarde veio a ser Buda - o Iluminado. Homem culto e de grande inteligência, que usava o dialeto Pali ou o Sânscrito, lançou as bases da religião que traria o seu nome e logo se desenvolveu por toda a Índia. Uma das principais preocupações de Buda ("O Iluminado") foi dotar seus seguidores – monges – de grande cultura e conhecimento gerais, para melhor propagarem a sua fé.


Com o nascimento do Budismo, surgiu também o JIU-JÍTSU em virtude da necessidade de defesa dos monges, que não podiam portar armas que seria atentatório à moral de sua religião e eram obrigados a percorrer pelo interior da Índia, em longas caminhadas, tendo de se defender contra assaltos de bandidos que infestavam a região. Dotados de grande saber e perfeito conhecimento do corpo humano, eles criaram o JIU-JÍTSU, que tem na defesa pessoal a sua principal essência e a aplicação de leis físicas, tais como "sistema de alavanca, momento de força, equilíbrio, centro de gravidade e o estudo minucioso dos pontos vitais do corpo humano", propiciou aos seus criadores fazer do JIU-JÍTSU uma arte científica de luta.


JIU-JITSU – “Pai de todas as lutas”


Breve Histórico do JIU-JITSU – de 500 A.C. até nossos dias. (cerca de 2400 anos de existência) JIU-JITSU é uma perfeita arte científica marcial de defesa pessoal. Em combate real é invencível contra qualquer modalidade de luta. É superior a todos os demais estilos por ser o mais completo. JIU-JITSU dividi-se em: 1. Quedas (Ju-Dô) 2. Traumatismo – Atemi (Karatê-Jitsu) 3. Torções (Aiki-Jitsu) 4. Estrangulamentos 5. Pressões 6. Imobilizações 7. Colocação (Posição de combate, Momento de Ataque e esquiva) É praticado em pé e no chão e com qualquer tipo de vestuário.


Origem Apesar de contraditórias versões, a origem do JIU-JITSU, existem pergaminhos na china que houve combates entre os guerreiros mongóis e soldados chineses que houveram combates corpo-a-corpo onde os mongóis usavam técnicas de torções e de luta ao solo que parecia o jiu-jitsu.




MUSASHI




Porém os criadores do verdadeiro jiu-jitsu foram os monges tibetanos, que cansados de serem saqueados em suas viagens  a china e a índia criaram uma forma de defesa que ergue em um ataque que intimidava os oponentes.

Golpes de intimidação, onde os ladrões e saqueadores ficavam constrangidos por não acertarem os budistas e quando os budistas se defendiam os ladrões eram arremessados ou imobilizados sem qualquer chance de reação. É inegavelmente atribuída à Índia, berço das religiões e de cultura inigualável. Monges budistas, de grande saber e de perfeito conhecimento do corpo humano, foram os criadores da mais perfeita e completa forma de defesa pessoal de todas as épocas, que é o JIU-JITSU – o pai de todas as lutas. Torna-se, portanto, necessário o conhecimento das origens do Budismo, para que se possa compreender a criação da forma de luta que, séculos mais tarde, foi chamada pelos japoneses de “Arte Suave”, ou seja, técnica de defesa pessoal que, com o mínimo de esforço, sem necessidade do uso da força bruta, permite ao mais fraco defender-se e derrotar um adversário fisicamente mais forte. 
MESTRE JIGORO KANO


Budismo Há cerca de 2500 anos passados, nascia ao norte da Índia (algumas milhas acima de Benares), o príncipe SIDDHARTHA GAUTAMA, membro da tribo SAKYA , que usava o dialeto Pali ou o Sânscrito. Homem culto e de grande inteligência, lançou as bases da religião que traria o seu nome e logo desenvolve-se por toda a Índia. Uma das principais preocupações de Buda (“O Iluminado”), foi dotar seus seguidores de grande cultura e conhecimento gerais, para melhor propagarem a sua fé. Dentre seus seguidores – monges de longínquos monastérios obrigados a percorrer pelo interior da Índia, em longas caminhadas, tendo de se defender contra assaltos de bandidos que infestavam a região – apareceram aqueles que realmente são os criadores da luta que permitia a sua defesa sem o uso de armas atentatórias a moral de sua religião. Assim nasceu o JIU-JITSU – com o espírito de defesa que é a sua essência. A aplicação de leis físicas, tais como “sistema de alavanca, momento de força, equilíbrio, centro de gravidade e o estudo minucioso dos pontos vitais do corpo humano”, propiciou aos seus criadores fazer do JIU-JITSU uma arte científica de luta.


CONDE KOMA
A disseminação do JIU-JITSU pela Ásia viria séculos mais tarde quando ( a cerca de 250 AC., ou seja, 2.250 anos passados), reinou na Índia DEVANAMPRIYA PRIYADARSIM, conhecido como rei ASOKA – 2 séculos depois de BUDA. Abraçado ao Budismo, Asoka desenvolveu-o criando milhares de Monastérios dentro e fora da Índia. Desta maneira, o budismo e, com ele, o JIU-JITSU atingiram o Ceilão, a Birmânia e o Tibet. Depois, o Sião e todo o sudeste da Ásia. Posteriormente, a China, e, finalmente, o Japão – onde cresceu e tomou grande impulso, onde foi criado por SIDDHARTHA GAUTAMA 113 estilos de jiu-jitsu, emigrando em seguida para o Ocidente. A entrada do JIU-JITSU no Japão é anterior ao nascimento de Cristo. A morte do rei Asoka trouxe funesta conseqüência para o Budismo e, conseqüentemente  para o JIU-JITSU. Os brâmanes, (adoradores da religião de Deus Brama, que florescia antes do Budismo), sentindo-se prejudicados pelo espírito da religião Budista, moveram pertinaz campanha até conseguir expulsar os monges budistas do solo indiano; razão da pouca influência do JIU-JITSU na Índia. A filosofia ZEN (nascida do Budismo) é, sem dúvida, o traço marcante entre o Budismo e as antigas Seitas de JIU-JITSU. JIU-JITSU, Pai de Todas As Lutas Orientais, O império Japonês mandou até a índia uma guarda de elite imperial,  haviam vários samurais de vários clãns onde iriam aprender a luta perfeita o jiu-jitsu, (jujitsu), onde treinaram por vários anos, e logo retornaram as suas províncias a cada clãs, sendo que os samurais se tornaram  uma arma humana mais completa do mundo, Na sua migração da Índia para o Continente Asiático, o JIU-JITSU foi-se ramificando, dando origem a estilos e lutas oriundas de suas diversas partes. Desta forma nasceu, inicialmente, a mil anos atrás o SUMÔ (sem kimono, com o uso das quedas e desequilíbrio do JIU-JITSU, é essencialmente um tradicional esporte) KENPÔ-JITSU arte de aplicar um golpe traumático (ATEMÍ) de JIU-JITSU (com braço) Do KENPÔ originou-se o chamado “Box Chinês”. O KENPÔ, nascido no sul da China, emigrou para diversas regiões, inclusive a ilha de OKINOWA onde, a cerca de 300 anos, passou a se chamar pelo nome de KARATÊ-JITSU (arte de lutas com mãos vazias). Tanto o KENPÔ como o KARATÊ nasceram do ATEMÍ (golpe traumático) de JIU-JITSU. Foi, porém, no Japão que o JIU-JITSU cresceu e enriqueceu-se, transformando-se na mais completa e melhor forma de defesa pessoal que se conhece em nossos dias. Mais de 100 estilos foram criados, sobre forma de verdadeiras seitas da arte marcial de luta (à serviço dos Senhores Feudais) nas guerras que apreendiam. Com o passar dos anos, tornou-se o JIU-JITSU a maior arte marcial japonesa e a sua maior riqueza. Sendo os japoneses homens de pequena estatura, o JIU-JITSU os tornava poderosos e invencíveis perante os ocidentais apesar da grande envergadura que possuem. 
 
 






Em meados do século passado, grave ameaça apresentou-se ao povo japonês, acarretando sério perigo ao seu grande segredo: o JIU-JITSU. O Japão que, até esta época, era um país fechado à cobiça ocidental, recebeu a visita de uma esquadra norte-americana comandada pelo comodoro Perry, em 8 de julho de 1853, quando 3  entregou ao Shogun uma carta intimando à abertura dos portos. Em março de 1854, o comodoro Perry retorna ao Japão com nova esquadra. O resultado foi a abertura dos portos de SHIMODA e HAKODATE, ambos pequenos e de pouca importância. Em 1869, com a vitória do Imperador sobre o Shogun, novos portos foram abertos – iniciando-se a fase MEIJÍ. Em 1871, o Imperador MEIJÍ inicia grandes modificações sociais, propiciando a penetração dos ocidentais. A “ocidentalização” do Japão e a conseqüente penetração estrangeira iniciada nesta fase – que até então era um país fechado à cobiça de europeus e americanos, trouxe sério e grave problema para os hipônicos. Um falso estilo de JIU-JITSU Os japoneses de pequena estatura com conhecimentos de JIU-JITSU, tinham condições de derrotar, numa luta real, aos grandes e fortes ocidentais. Porém, a partir do momento em que estes aprendessem JIU-JITSU, a supremacia técnica dos japoneses, em luta corpo-a-corpo, desapareceria. A curiosidade dos ocidentais, em aprender o famoso sistema de luta (o JIU-JITSU), passou a ser o problema de maior preocupação para os filhos do império do Sol Nascente. Resolveu então, o governo japonês, criar um falso estilo de JIU-JITSU para uso externo, sem eficiência como luta real. Assim sendo, por volta de 1880, um funcionário do Ministério de Cultura Japonesa ( e professor de JIU-JITSU) é escolhido para criar o JIU-JITSU falsificado “para inglês ver”. Nasceu então o sistema KANO de JIU-JITSU ( que mais tarde foi batizado com o nome de Judô) criado pelo funcionário do governo, professor Jigoro Kano que, em 1882, fundou a escola KODOKAN. Foi assim fechado aos olhos estranhos os segredos de sua arte marcial milenar. Os livros e publicações sobre o verdadeiro JIU-JITSU foram recolhidos. Os cento e treze estilos de JIU-JITSU e milhares de escolas tiveram seus nomes mudados para Judô. O ensino de JIU-JITSU aos estrangeiros passou a ser crime de lesapátria. O judô esportivo – que nada mais é que um esporte das quedas do JIU-JITSU – foi exportado para o ocidente, acompanhado de grande propaganda. Os japoneses passaram, então, ao treino de JIU-JITSU, entre si, às escondidas. Recentemente, após a morte de KANO, os próprios japoneses sentiram que o Judô estava lhes prejudicando em relação aos estudos do JIU-JITSU. E, sem a presença incômoda de KANO, trataram de introduzir secretamente, no Judô, um estilo de JIU-JITSU que servisse de defesa pessoal para os judocas – já que o Judô é mero esporte. Assim foi ocultamente introduzido no Judô o GOSHIN-JITSU Dentro do mesmo espírito de raciocínio do início deste século, o professor FUNAKOSHI transforma o Karatê-Jitsu (um estilo de JIU-JITSU traumático), num esporte ineficiente como luta verdadeira e cria o KARATÊ-DO que, como o Judô, ganhou rapidamente o mundo ocidental com larga propaganda.

Não satisfeitos em desmembrarem o JIU-JITSU (num esporte de quedas e outro de traumatismos) os japoneses criaram um esporte de torções de JIU-JITSU,

o 4 AI-KI-DÔ esportivo que é oriundo do AI-KI-JITSU (arte de executar torções de JIU-JITSU) o que também ocorreu por volta deste início de século. INTRODUÇÃO DO JIU-JITSU NO BRASIL Por volta de 1914, chegava ao Brasil o professor e campeão mundial de JIU-JITSU, KONSEI MAEDA, conhecido como CONDE KOMA – que obteve grandes vitórias, em todo mundo, sobre todas as formas de lutas. Em Belém do Pará, o professor Koma passou a lecionar o verdadeiro JIU-JITSU, a seu dileto aluno Carlos Gracie, que chegando ao Rio de Janeiro (em 1920) acompanhado de seus irmãos mais novos, fundou a primeira academia de JIU-JITSU (localizada à Rua Marquês de Abrantes, Praia do Flamengo). A partir daí, o JIU-JITSU passou a ser difundido com sangue e suor. A luta de kimono, desconhecida para os brasileiros, foi-se impondo, através de vitórias , contra todas as formas de luta que aqui existiam como a Capoeira, a Greco-Romana, o Boxe e, mais tarde, quando aqui chegou, o Judô Esportivo e (recentemente) o Karatê-Dô esportivo. Lutas épicas e memoráveis de Hélio Gracie (contra adversários fisicamente mais fortes) colocaram o JIU-JITSU brasileiro acima de todas as demais formas de lutas. As sucessivas vitórias de homens franzinos (contra gigantes musculosos) fizeram com que, bem cedo, os mais incrédulos acreditassem na invencibilidade do JIU-JITSU. Após anos de lutas e de estudos, desenvolveu-se um verdadeiro Estilo Brasileiro de JIU-JITSU, com aprimoramento de luta de chão e o lançamento, pela primeira vez, da luta de JIU-JITSU sem kimono valendo, inclusive, golpes traumáticos.

Atualmente o JIU-JITSU Brasileiro encontra-se em plena expansão à nível mundial, conseqüência de um trabalho que teve seu início na década de 20, através de Carlos Gracie, que repassou aos seus irmãos os conhecimentos recebidos de Conde Koma. Mais adiante, em fase posterior, Hélio Gracie, discípulo e seguidor fiel das idéias de seu irmão mais velho, manteve a tradição, ao tempo em que aguardava a vinda de novas gerações, com nomes notáveis como: Carlson Gracie, Rolls Gracie, Rickson Gracie, Roger Gracie, o atual n.º 1, e tantos outros nomes de projeção nem tanto repercussiva, porém dignos de toda a admiração e respeito. Fica, portanto, o compromisso de uma nova abordagem (com enfoque aos grandes nomes, tanto do passado quanto atuais), do nosso JIU-JITSU Brasileiro.

Texto Inicial: Helcio Leal Binda.

Pesquisa e adaptação: Faixa preta 4° Grau em Jiu-Jitsu, Professor Ricardo Shogun.

Nenhum comentário:

Postar um comentário